Giuseppe Antonio Landi, o Bibiena do Equador - A Medida do Eldorado. A vida e as proezas dos emiliano-romanholos pelas Américas
 
Giuseppe Antonio LANDI o Bibiena do Equador
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Não te admirais, oh Estudioso de Arquitetura, que aos egrégios modelos dos tantos claríssimos mestres, que aqui te apresento, eu acrescentei alguns meus, porque eu o fiz, não certamente porque eu penso que seja digno de tal comparação, nem que possam ajudar-te, mas para que tu vejas, que aquela estrada, que aos outros indico, aquela é a que eu procuro, e que eu julgo a melhor. Assim, soubesse eu por ela avançar-me, mas não tendo para isso bastante força, gozarei ao ver que tu o farás, onde possa esperar-se, a mercê dos teus estudos, que a Arquitetura abrigue finalmente à antiga gloria. Vive feliz. (Dedicatória de Antonio Giuseppe Landi aos estudiosos de arquitetura em: Disegni di architettura tratti per lo più da fabbriche antiche ed intagliate da Giuseppe Landi)
 
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Os últimos anos (1780-1791)

Numa carta de 1780 enviada à Corte, tomamos conhecimento de uma relação sobre a produção, da parte de Giuseppe Antonio Landi, de cacau, café, arroz e também de material de construção. Em 1783 resulta ser juiz da Confraria do Santíssimo Sacramento da Paróquia de Santana, a qual oferece um precioso relicário em prata com uma partícula de osso de Santana que tinha pertencido a um seu ancestral Giacomo Landi. Homem muito devoto, Landi também era membro da Venerável Ordem Terceira dos Franciscanos da Penitência, a qual reunia prevalentemente, intelectuais.

Entre 1784 e 1788 participa da segunda Comissão para a Demarcação das Fronteiras, agregado a expedição de Alexandre Rodriguez Ferreira.

No dia 28 de abril de 1788, Landi foi acometido, em Barcelos, por um derrame cerebral, do qual consegue se restabelecer.

Domenico Pio, secretário da Academia Clementina, numa carta datada Villa de Bertalìa 25 de setembro de 1789 dedicada aos acadêmicos e colocada nas atas, assim escreve: ” Antonio Landi vive na Cidade do Fará no Brasil; tem a cruz da 'Ordem de Cristo’, tida em dote de sua falecida mulher. Fez com as próprias mãos um Livro , que está com a Rainha, com diversas plantas daquela terra , e fez muitas vistas daquela Cidade, e Terras com ótimo gosto de desenho. Fez muitas Igrejas e Teatros , e está muito bem, mas o seu maior bem é um Engenho Mecânico de beneficiamento de arroz com o concurso de muitos escravos, que ali trabalham e faz negócios com o Reino de Angola, para onde manda um pequeno navio por sua conta.”

Dia 22 de junho de 1791 Landi morre na sua fazenda do Murutucú, aos 78 anos de idade. O seu funeral foi acompanhado por uma salva de 78 disparos, honra devido a seu cargo de Capitão do Regimento da Infantaria Auxiliar. Foi sepultado na Igreja de Santana, a sua preferida, onde, porém não resta mais nenhum traço da sepultura.

Deixa viúva a terceira mulher, Francisca Margarida Rosa da Fonseca e sua única filha, Ana Teresa de Sousa de Azevedo Landi que teria casado com João Antonio Rodrigues Martins, filho do capitão João Manuel Rodrigues sócio de Landi na olaria de Belém.

A notícia de sua morte chega a Bolonha somente dia 3 de fevereiro de 1792, depois de quase um ano da sua morte, graças a uma carta de Gabriele Dotti Brunelli, residente em Lisboa. Este tinha sido informado por seu irmão, Giovanni Angelo Brunelli, astrônomo e matemático, entre os primeiros companheiros da aventura brasileira do arquiteto.