Giuseppe Antonio Landi, o Bibiena do Equador - A Medida do Eldorado. A vida e as proezas dos emiliano-romanholos pelas Américas
 
Giuseppe Antonio LANDI o Bibiena do Equador
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Não te admirais, oh Estudioso de Arquitetura, que aos egrégios modelos dos tantos claríssimos mestres, que aqui te apresento, eu acrescentei alguns meus, porque eu o fiz, não certamente porque eu penso que seja digno de tal comparação, nem que possam ajudar-te, mas para que tu vejas, que aquela estrada, que aos outros indico, aquela é a que eu procuro, e que eu julgo a melhor. Assim, soubesse eu por ela avançar-me, mas não tendo para isso bastante força, gozarei ao ver que tu o farás, onde possa esperar-se, a mercê dos teus estudos, que a Arquitetura abrigue finalmente à antiga gloria. Vive feliz. (Dedicatória de Antonio Giuseppe Landi aos estudiosos de arquitetura em: Disegni di architettura tratti per lo più da fabbriche antiche ed intagliate da Giuseppe Landi)
 
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As expedições no Rio Negro

A primeira expedição no Rio Negro (1754-1759)

Para o bom êxito da expedição, Francisco Xavier de Mendonça Furtado divulga instruções minuciosas para os astrônomos e geógrafos que partiriam para o Rio Negro.
A expedição iniciada dia 2 de outubro de 1754 saiu de Belém com 1025 pessoas das quais 511 índios, distribuídos e 23 canoas grandes, 11 das quais eram reservadas aos astrônomos, engenheiros e oficiais.

O trajeto previsto era de cerca 2.000km. As maiores dificuldades foram causadas pelas continuas fugas dos índios e consequentemente da necessidade de encontrar remadores para substituí-los, dos insetos e das tempestades além do calor úmido, da dificuldade de abastecimento de farinha, legumes e da necessidade de encontrar alimentos alternativos, o que se consegue vista a abundância de peixes e tartarugas. Desta situação Mendonça Furtado se lamenta com o Marques de Pombal, acusando como manobra dos jesuítas tal boicote.

A viagem dura 88 dias e é minuciosamente descrita pelo secretário João Pinto da Silva. A expedição, todavia não tem sucesso por causa da ausência dos espanhóis que não se apresentaram ao encontro.

Nos comentários do Governador, dia 13 de julho de 1755, ele reconhece, pela primeira vez as qualidades do arquiteto Landi, enquanto que as observações feitas sobre o seu caráter, são pouco lisonjeiras.

Uma outra expedição para o rio Marié, dia 15 de setembro de 1755, traz êxitos negativos à causa de uma emboscada que impõe o retorno à base. Desta viagem Landi deixou descrições interessantes revelando-se um observador atento da natureza.


A segunda expedição no Rio Negro (1784-1788)

Com a entrada em vigor do Tratado de Santo Ildefonso (1777) foi acertada uma segunda Comissão para a demarcação das fronteiras. A Comissão oficial é acompanhada por uma expedição cientifica conduzida por Alexandre Rodrigues Ferreira, naturalista baiano formado na Universidade de Coimbra. A atividade desta expedição vai de 1783 até 1792, com o objetivo de recolher material para o Museu Real da Ajuda. Acompanhado pelos desenhistas Joaquim José Codina e José Joaquim Freire e pelo botânico Agostinho Joaquim do Cabo, Alexandre Rodrigues Ferreira percorre as Capitanias do Grão Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá. Dia 31 de agosto de 1783 foi ordenado ao novo governador Martinho de Souza e Albuquerque que, ao chegar ao Pará, providenciasse a partida imediata de Landi, agregando-o a esta expedição.

Landi parte, novamente como desenhador de mapas, para o Rio Negro. Dia 10 de setembro de 1786, solicitado por Alexandre Rodrigues Ferreira, Landi escreve em italiano uma Relacione del principio, che ebbe la capella di Santa anna, con li successi accaduti fino al presente. Em 1787 adoece gravemente e um ano depois volta para Belém.