Giuseppe Antonio Landi, o Bibiena do Equador - A Medida do Eldorado. A vida e as proezas dos emiliano-romanholos pelas Américas
 
Giuseppe Antonio LANDI o Bibiena do Equador
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Não te admirais, oh Estudioso de Arquitetura, que aos egrégios modelos dos tantos claríssimos mestres, que aqui te apresento, eu acrescentei alguns meus, porque eu o fiz, não certamente porque eu penso que seja digno de tal comparação, nem que possam ajudar-te, mas para que tu vejas, que aquela estrada, que aos outros indico, aquela é a que eu procuro, e que eu julgo a melhor. Assim, soubesse eu por ela avançar-me, mas não tendo para isso bastante força, gozarei ao ver que tu o farás, onde possa esperar-se, a mercê dos teus estudos, que a Arquitetura abrigue finalmente à antiga gloria. Vive feliz. (Dedicatória de Antonio Giuseppe Landi aos estudiosos de arquitetura em: Disegni di architettura tratti per lo più da fabbriche antiche ed intagliate da Giuseppe Landi)
 
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Do Tratado de Tordesilhas ao Tratado de Santo Ildefonso

A expansão dos portugueses no território sul americano por meio das expedições dos paulistas e a ocupação da Amazônia no século XVII modifica de fato a repartição feita pelo velho Tratado de Tordesilhas (1494). Sobretudo as explorações de Pedro Teixeira em 1616, ao lado de Francisco Caldeira Castelo Branco, na fundação da cidade de Belém, permitem de fixar as etapas da conquista do Estado brasileiro do Pará.

Durante o século XVIII, entre Portugal e Espanha, foram subscritos vários tratados para a definição das fronteiras entre os dois países, entre eles os mais importante foram: o Tratado de Madri (13 de janeiro de 1750) e o Tratado de Sant’Ildefonso (1 de outubro de 1777). Nos 27 anos que separam os dois tratados, acontecem fatos importantes em Portugal que modificam a ordem de uma parte do seu reino: o território do Brasil. Neste período o potente Ministro do Exterior e Secretário de Estado, Sebastião José de Carvalho e Melo, o discutidíssimo Conde de Oeiras, depois, Marques de Pombal, promove uma reorganização da estrutura do Estado com reformas radicais das políticas sociais, econômicas, administrativas, judiciárias e religiosas.

É o Marques de Pombal, coadjuvado operativamente pelo irmão Francisco Xavier de Mendonça Furtado, que abre a discussão com a Espanha para restabelecer as fronteiras do Brasil e manter a unidade do Território na América portuguesa.

Em 1752, em Aranjuez, foi subscrito o Tratado aplicativo daquele de Madri, com as instruções para os comissários: no artigo XX estabeleciam “... que os comissários, geógrafos e as pessoas mais inteligentes dos três grupos da expedição, tomem nota das rotas, as distancias dos itinerários percorridos, sobre as qualidades naturais dos lugares visitados; sobre os habitantes indígenas e os próprios costumes; os animais, os rios, lagos, montes e outras características similares, coisas necessárias de serem conhecidas, atribuindo um nome, de comum acordo, a todas as coisas que não o tivessem, de modo que possam ser colocadas, distintamente, nos mapas e nas relações, e fazendo em modo que as observações sejam acuradas e bem feitas, não somente em relação aos limites e a geografia do país, mas também para que possam servir ao desenvolvimento das ciências, ao progresso da História Natural, das observações físicas e astronômicas”.

É no âmbito de aplicação do Tratado de Madri que se coloca a viagem de Giuseppe Antonio Landi ao Pará. Ele chega dia 20 de julho de 1753, com a última expedição composta de técnicos de várias disciplinas quais: astronomia, geografia, engenharia e desenho.

O Marques de Pombal dá uma particular importância à área amazônica, constituindo o Estado do Grão Pará e do Maranhão e criando a Companhia do Comércio que dará novo impulso as atividades econômicas. Nesta época Belém cresce de importância tornando-se a sede do governo e formando um primeiro plano urbanístico para o seu desenvolvimento. Estimula-se a navegação ao longo dos rios Madeira e Mamoré, que se transformam nas novas vias de acesso à região da Capitania de Mato Grosso, cuja sede se encontra as margens do Guaporé na Vila Bela da Santíssima Trindade; a ocupação é completada com a construção do forte de N. Sra. da Conceição (depois, chamado de Bragança) e do forte Príncipe da Beira, no território do atual estado de Rondônia.
O Tratado de Santo Ildefonso considera, sobretudo, as controvérsias sobre a posse da colônia de Sacramento; ratifica o precedente Tratado de Madri concedendo um fundamento jurídico a situação de fato com algumas recíprocas compensações e a manutenção, da parte dos portugueses, do controle da margem esquerda do rio da Prata. As controvérsias perduraram, todavia, até o início do século XIX.